As luzes ligaram. O palco ficou silencioso. Então, o teatro começou. Cada personagem meu tinha máscaras diferentes. Cada um para situações diferentes. A mais bonita das máscaras era aquela que mais cobria meu rosto. Exagerada, excêntrica, charmosa e misteriosa.
As apresentações foram passando, o palco ficando cada vez mais vazio. Minha vontade de atuar, também. Cada frustração ou angústia, eu tentava transmití-la na atuação, mas só minha gesticulação se agitava mais. Sempre fui de me expressar com as mãos, então, só me contentei. Insatisfeita.
Hoje, eu quero admitir cada máscara que tenho. Quero quebrá-las uma a uma. Deixá-las cair no chão até que os cacos façam parte do chão. Não quero mais atuar uma vida, quero vivê-la melhor: cada fala, cada suspiro, cada expressão, cada momento.
Só uma pessoa visita meu teatro dentro de mim.
Mas essa pessoa consegue cobrir com sua presença, a plateia inteira.
Quero que meu teatro seja melhor porque minha plateia, agora, tem valor.
Como uma moça tão jovem pode expressar seus sentimentos assim... De maneira bela e espiritual...
ResponderExcluirA verdade é que eu também vivo tentando quebrar minhas máscaras mas a cada dia parece que aparece mais uma... Mais como você escreveu "só uma pessoa visita meu teatro dentro de mim" e é só ele que importa.. Emocionante e belo, parabéns querida!
(Se você deixar queria compartilhar no meu face)