terça-feira, 30 de julho de 2013

Tudo.

Depois de muitos dias em silêncio...

outros de indiferença, e mais dias sem sentido,

olhei para os céus.

Lembrei de Deus me perguntando hoje, depois de 6 anos em que O conheci:
"O que tanto te importa?
Não era simplesmente bom quando você estava no caminho e confiava que Eu estava à frente?"






E de noite vi, em cima de mim, as estrelas...

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Saudade diferente.


Saudade
Sorrateira
Profunda,
Junta.

Perto. E mesmo assim, saudade.
Cuidados, e mesmo assim, insegurança.

Saudade, saudade.

Te vejo, te ouço. Te sinto.
Te agradeço, te entrego. Te sigo.
meu grande Deus.

Mas ainda sim...
Saudades.

Saudades, talvez, Deus, de te reconhecer.
Mesmo sabendo, mesmo protegida.
Mesmo no caminho, mesmo na fé.
Que és Deus.
E só.
Ou melhor, e tudo.

Peço mais.
Do que sua filha não entende.
Menos do que ela quer. Menos do que defende.

Saudades, saudades.

Seja eu mais você, menos eu, Deus.
Porque ainda vivo: por mim.
Você faz falta aqui.
Vem?

Em nome de Jesus Cristo. Amém...

Casa - 5 de Março, 2013

Desatenta, passei pela janela e senti um vento forte.
A noite chegou, o céu estava ainda cinza, as árvores dançando.
Então me lembrei de uma sensação que não sentia a muito tempo, por um instante.
A forte certeza, em uma leve paz, do amor, presença e segurança de Deus sobre minha vida diante do passado, presente e futuro.
Passei minutos olhando pela janela a noite movendo. E senti saudades. Mesmo, daquelas de doi e você pensa "eu quero mais". Então peguei o notebook, subi as escadas da sacada da casa, e em grande silêncio escrevi do que sentia falta, à Deus.


Saudades de você, Deus.
Não sei bem porque senti essa nostalgia triste.
Sinto falta daquela segurança que já senti por ser sua filha. Saudades de estar plena, em profunda ligação, compreensão do seu amor por mim.
Saudades Deus, de poder olhar para você sem desdém. Saudades Deus....de ouvir do seu sussurro, firmes promessas.
Saudades Deus do sentimento de estar na missão do Rio. Saudades Deus de saber que és destemido.
Saudades Deus de sonhar junto com você.
Sim, Deus. Você está aqui. Eu sei.
Mas acho que eu não estou.
Quero nossa intimidade de volta. Seja no silêncio.
Seus ventos, o som das árvores que cantam em seu mover, o ar fresco, o cheiro das flores perto de casa, a Sua presença...me fazem lembrar quem fui.
Muito mais filha.
Porque eu acreditei. Porque meus olhos pousavam no Senhor.
Porque meu medo não era mais importante.

Deus...
Quero voltar para casa.

Um pedacinho do céu - Janeiro de 2013


(segunda nota em meio ao acampamento das crianças)

“Há menos de um ano, eu presenciei um milagre na viagem missionária. Não contei a ninguém, prometendo à Deus que seria nosso segredo. Mas no final de contas, eu menti. Porque eu o guardei para mim, somente. Tratei um milagre de Deus algo que talvez tivesse acontecido. Chegando até a me perguntar se realmente aconteceu:
No penúltimo dia da viagem missionária, enquanto a EBF era encerrada, sem prestar muita atenção, uma criança veio até mim. Olhou diretamente em meus olhos. Brandamente, abrindo um sorriso com um profundo olhar, me disse “Deus está com você..”. Ricardo tinha 3 anos. E eu tive certeza que Deus quem mandou a mensagem.

Hoje lembrei disso, depois de quase 8 meses no acampamento de verão de 2013 das crianças de minha igreja. Fui como professora para serví-las, mas sinceramente, nem havia pensado o porquê de estar aqui. Percebo hoje que apenas vim, por graça(de Deus). Fui para ajudar, mas aprendi muito mais.
Ao longo do retiro Deus criou em mim coragem de ter fé que crianças podem ser salvas, independente da idade. Crianças cristãs agem diferente, que tem grandes possibilidades de mudar, crianças que demonstram muito amor. A vida de cada criança experienciei, junto com elas momentos de esperança e mesmo, milagres.
Em nossa última noite, oramos, depois de ouvir uma palavra profunda em relação ao bem, ao pecado e o céu, verdadeiramente diante da presença de Deus. Vi crianças se arrependerem de verdade. Crianças chorarem orando pela vida de outras crianças. Crianças serem tocadas pela palavra de Deus.
Percebi que Deus faz milagres no deserto. E na terra, ainda existe um pedacinho do céu, na presença de Deus, nEle...”

Amor de Deus - Janeiro 2013

(em meio ao acampamento das crianças, escrevi...)

"Depois de colocarmos as crianças para “dormir”, nos reunimos para orar. Chegando no salão de culto, estava nossa líder, a evangelista, orando. Começamos a conversar um pouco, e logo retratou a viagem que fora em que ela ouviu boas palestras e que teve bons momentos com Deus. Fui muito tocada pelo seu olhar, pela forma como ela contava com todos seus sentimentos o que ela recebeu de presente de Deus lá: saber que Deus a amava. Muito tocada no “como” ela falou, seja pelas palavras, gestos, de seu encontro com Deus. Enquanto ela ainda compartilhava, vieram os outros professores e continuamos ouvindo um pouco mais sobre Deus em sua “simplicidade” e amor.
Ao longo da conversa, a reunião de oração dos adolescentes acontecia com grande fervor, dando o parecer que estávamos mesmo, era bem próximos ao outro salão de culto. As orações iam aumentando e a sensação de ouvirmos pessoas entregando seu coração e orando sem desdém, também. Senti uma grande nostalgia de ter passado por essa “fase”. Uma fase de cura, quebrantamento, encontro direto, sobrenatural, em que recebi muito de Deus explicitamente. Mas percebia que era tempo de lidar com silêncio. Lidar com sussurros de Deus, servidão, obediência...


Uma das coisas que mais presenciei com as crianças daqui foi a preciosidade dessas pequenas grandes vidas para Deus. Como é lindo ver crianças sem vergonha nenhuma de serem quem são. De ouvir elas falando que serão cientistas, de ouvir eles falando “Deus é bom”, “Aleluia”. Ver o sorriso deles de um ouvido ao outro. Percebi que não pensava que havia sido tão preciosa à Deus quando criança e, muito menos agora. Mas era tão óbvio olhando as crianças. Vendo como elas foram feitas com amor, como elas tem capacidade, como elas tem muito a mostrar. Entendi que Deus estava me mostrando que também me amava. "

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

De repente.

A sensação de estar andando entre corredores com enfermeiras e médicos era estranho. Ficar na cafeteria do hospital também. Sentar no chão, enquanto estou tirando a mochila com pertences de casa, e pedir a Deus mais uma chance, também.
Passamos eu e dois primos em um dos hospitais mais conceituados por aqui pela saúde de minha mãe. Foi tudo tão repentino. Nenhum grande sintoma mas pressão 22 por 11. Quase UTI. Tão estranho.
Não sei se é minha falta de consciência ou a paz que Deus me deu mesmo. Não senti medo da morte. De deixar mamãe ir embora. Não que quisesse, porque também orei, pedi como pedido de oração e me preocupei. Mas sabia que todas as coisas, incluindo vidas, que Deus dá, Ele também pode tirar. Além de saber que Ele ouve orações sinceras.

Pedi a Deus que me ensinasse a amar e dar mais valor à família. Fosse Ele sempre meu Deus, minha base.
Estávamos esperando o resultado dos exames, e a pressão estava 14 por 11. Sem problemas nos exames.
O médico disse "Não sei que santo, mas se tava com um ein, Senhora". No mesmo dia em que este mesmo tinha dito sobre UTI, liberou minha mãe para casa, apenas com receitas e marcações de consultas.
Meu Deus é Deus de milagres. Meu Deus ouve orações.
Seu tempo é um presente.
A Ele tudo pertence.
Ele dá esperanças.

Ela disse, quando estávamos indo pra casa, assim que comentei das pessoas que oraram por ela: "Vai ver que é por isso que sarei rápido".

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Nuance. Pipas.

É muito interessante como você tem encontros a todo momento com pessoas que você não faz ideia de quem sejam e o que fazem. Você não faz ideia de quem seja um atendente quando você está tomando simplesmente um café. Eu não fazia ideia.
Hoje acabei me atrasando para minha aula teórica da autoescola. Como o detran tem questões muito burocráticas, não pude entrar na aula, de qualquer jeito. Sem rumo, com um livro e apostila, fui à cafeteria onde marquei de me encontrar com uma amiga. Uma amiga-contato, na verdade.
Logo de cara fui muito bem recepcionada. Achei o atendimento diferenciado e me impressionei com a forma como aquele moço era polido de forma tão natural.
Passei a ler boas páginas do livro Inteligência Emocional que conta também sobre a questão da consciência de suas emoções, habilidades e o grande resultado sobre tais fatores em momentos e caráter de uma pessoa. Então, observei o homem que me atendeu e estava por perto, dando todas as opções possíveis para o meu conforto. Até repelente.
Percebi, vendo-o que ele parecia ser uma pessoa muito confiante ou segura. Quando ele começou a falar sobre o café, o perguntei, ainda admirada com sua polidez, o que fazia fora o horário de trabalho. Imaginei, com boa certeza que seria um estudante de administração, ou qualquer coisa que estivesse inteiramente ligado à comunicação. Então, ele me responde que é grafiteiro e participa de um projeto a fim de ajudar crianças e mulheres em horários livres. Muito interessante. Fiquei mais curiosa, e perguntei a ele os motivos. Por que ele fazia um projeto beneficiente, por que ele, sendo grafiteiro, trababalhava na cafeteria, e mais alguns porquês. Ele me respondeu, sem medo, sem pudor, de forma clara e simples. Ah, e interessante, porque nunca vi um grafiteiro.
Ao longo da conversa, descobri que ele mora em uma favela, que pinta há bons anos, que defende um ímpeto e valor muito consideráveis e tem uma conversa interessantíssima.
Incrível! Como ele tem potencial. Tão inesperado. Fiquei muito feliz de poder conhecer, tão simples assim, uma pessoa tão diferente.
Todas as pessoas tem uma capacidade muito maior do que a sociedade as rotula, moldando-as a entrarem na máquina padrão de um "cidadão".
Deus é incrível. Espero poder ver esse moço de novo, poder falar sobre Deus, se der, não sei. Porque todos também "merecem" conhecer Deus.